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Viajando para a Alemanha – parte 2

Vamos à segunda e última parte das dicas sobre a Alemanha que a Marcele do blog Cozinha Pequena nos mandou.

Quem se interessar em dar um checada na primeira é só seguir o link.

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Alemanha:

-Transporte: Para circular com crianças, na minha opinião, nada mais confortável (pros pais e pros pimpolhos) do que um bom carrinho. De preferência levíssimo e extremamente prático de montar e desmontar (facilita na entrada de Museus, Galerias e monumentos) e reclinável. Viagens pra Europa geralmente incluem um roteiro de andanças sem fim, portanto para todo mundo curtir, pense no coletivo.

Cangurus e carregadores especiais (aqueles tipo mochila onde a criança vai sentadinha confortavelmente nas costas dos pais ou ainda aqueles mais alternativos, onde você enrola o bêbe num pano e leva à tiracolo) servem para passeios curtinhos. Depois de um dia inteiro andando com seu filho nas costas ou nos ombros, você vai precisar de pelo menos uma semana para colocar seu esqueleto no lugar.

Na Alemanha o transporte público é impecável, os ônibus tem um sistema especial de suspensão onde no momento que vc encosta o carrinho na porta, o motorista abaixa o veículo na altura do meio-fio e você entra tranquilamente com o carrinho dos pimpolhos. Tem também lugar reservado para mães e para estacionar o carrinho DENTRO DO ÔNIBUS. Tão comum quanto os ônibus, circulam também pelas ruas os StrassenBahns (metrô de superfície). Esses, em sua maioria, são todos no altura da calçada onde mais uma vez você não terá aperto nenhum para entrar. (Algumas cidades da antiga Alemanha Oriental ainda possuem o StrassenBahn velho. Eles são mais altos que as calçadas, o que de fato dificulta a entrada de carrinhos de bêbes e cadeirantes. Não se faça de rogada e peça ajuda para subir. Os alemães são sérios mas extremamente prestativos. Em algumas situações, você nem precisará pedir… eles mesmos se prontificarão a colocar o carrinho dentro do Bahn!). Ninguém bloqueia as calçadas com carros e todos os cruzamentos, prédios públicos e atrações possuem rampa de acesso.

Para ir de cidade em cidade, os trens são a melhor opção. A malha ferroviária cobre todo o país, são confortabilíssimos e você pode fazer reservas pela Internet (é mais barato comprar com antecedência!).

Portanto, se a grana tá curta, economize em aluguel de carro e se jogue no transporte público! Aperto você não passa!

– Mochila de ataque: Para circular o dia inteiro, sugiro uma boa mochila. Cabe tudo e vc fica com as mãos livres para empurrar o carrinho ou qualquer eventualidade.

Não esqueça de levar seus ítens de sempre (fraldas, creme de assadura, roupinhas extras, mamadeiras, água, chupetas e os famosos paninhos e bichinhos de dormir). Tb sugiro ter sempre uns biscoitinhos no caso de uma TPF (tensão pré-fominha). Nada mais frustrante do que ter que deixar de ver uma atração inteira por que o pimpolo está se esgoelando de fome e não pode esperar mais quinze minutinhos. Um casaco tb é fundamental. Na Alemanha, mesmo no verão, durante a tardinha/noitinha a temperatura sempre cai um pouco.

– Farmacinha: Lembre-se que você estará em um país estrangeiro, e muitas vezes, de língua deconhecida. Ter uma “farmacinha” básica não é neurose! (Não precisa andar com ela na “mochila de ataque”… deixe no hotel!). É complicado explicar pro farmacêutico que você “precisa de um remédio para cólica gastro-intestinal para uma criança de x anos de idade” ou “ um xarope para tosse alérgica no sabor framboesa” no idioma local. Crianças são imprevisíveis. Não custa nada pensar um pouquinho além!

– Atrações: A maioria dos museus e galerias na Alemanha possuem um cantinho pra crianças (tipo kids corner), com atividades relacionadas ao assunto da atração (exemplo: se vc vai no Museu da Comunicação em Berlin, no cantinho dedicado a elas, as crianças podem brincar com telefones de brinquedo, escrever cartinhas, etc). Depois dos adultos se deleitarem, não deixe de passar pelo menos uns quinze minutinhos nesses lugares com seus filhotes . O passeio fica interessante pra todo mundo!

Nos fins de semana, as cidades se enchem de ferias livres. Uma ótima pedida para comer street food (limpíssima!), comprar artesanatos lindíssimos (os brinquedos tradicionais alemães de madeira são de tirar o fôlego!) e conhecer muito da cultura local.

– Alimentação: É muito diferente do que a gente está acostumado, mas se seu filho não for muito sistemático, dá pra se virar bem, numa boa! Os restaurantes e cervejarias em sua maioria, possuem cardápio infantil e que invariavelmente consiste em batatas (podem ser assadas ou fritas), algum shnitzel (empanado de porco ou frango), wurst (salsicha – uma lista incontável delas), espaguete com molho de tomate, nuggets, sopas, pães e suco de fruta.

Há tb as redes de fast food americanas (of course!) e o alemão Nord See – um fast food de frutos do mar onde há várias opções de refeição, tipo PF (não é só sanduba e batata frita!). Vale a pena conferir na hora do aperto!

Nos supermercados você tb encontra todos os aqueles potinhos de papinhas prontas de legumes e frutas. Só não vá esperando nada como sabor “caldinho de feijão com batata baroa” ou “banana prata com acerola”. As marcas se adequam com a alimentação local!

-Comprinhas: Os brinquedos na Alemanha são muito mais baratos que no Brasil. Para brinquedos convencionais (Fisher Price, Mattel, LEGO), você pode ir a mega store americana TOYS R US. A maioria das cidades alemães tem. Você encontra os melhores preços, sem dúvida. (O Playmobil – bonequinhos muito popular da década de 80 – é uma invenção alemã e pode ser encontrado facilmente por lá em várias edições/temas, com preços justíssimos!).

Para brinquedos tradicionais de madeira e educativos, as feirinhas e os bairros antigos são a melhor opção. Vale lembrar que eles são bem mais caros! Prepare alguns EUROS extras!

Para roupas, o sistema de tamanho alemão é diferente do Brasil. Lá a numeração de criança é 92, 98, 102. Isso significa o tamanho (altura) do seu filho em centímetros. Toda loja tem um metro na parede que você medir seu filhote na hora, em caso de dúvida.
Lembre-se de ter com você eco-bags. Alemães odeiam com todas as forças sacolas de plástico e na maioria das vezes você precisa pagar por elas.

– Considerações finais:

. Faça uma consulta ao pediatra para se certificar se a criança precisa de alguma dose ou vacina extra para o país de destino;

. Check-in de aeroportos com crianças dão mais trabalho e são mais demorados. Calcule seu tempo!

. Ao fazer a reserva no Hotel, não hesite em perguntar se eles tem um bercinho desmontável (em caso de bêbes);

. Tenha sempre a mão o telefone do consulado/embaixada em caso de perda de passaporte;

. Prefira câmeras fotográficas práticas, leves e fáceis de usar;

. Na Alemanha você encontra facilmente produtos Johnson, Nuk (acessórios) e fraldas Pumpers.

. Paciência, paciência, paciência;

. Pla-ne-ja-men-to (Compre guia e revistas de viagens, consulte blogs e sites, pegue na embaixada panfletos e prospectos sobre o país de destino);

. Faça o seu filho participar da viagem com você. Converse, mostre, pergunte o que ele está achando, o que ele gostaria de ver. A dica mais valiosa é sempre lembrar que a viagem é de todos!

Marcele Martins, é jornalista e mãe da Clara de 8 anos.
Juntas, as duas colecionam aventuras de nove países, há sete anos!

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